SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 2

MARCO BASTOS - Marco Antonio de Sousa Bastos, 62, nasceu em Andradina/SP e vive há trinta e sete anos em Salvador/BA. Engenheiro e professor, seis anos na Fac. de Engenharia Mecânica da UFBa e doze anos na Esc.de Adm. de Empresas da UCSal – Univ. Católica do Salvador, onde trabalha. Cargos técnicos e de gerente e diretor em indústrias. Chefiou por dois anos o Deptº de Engia. Mecânica da UFBa, e foi professor no Convênio UFBa/Petrobrás. No colegial, escreveu as primeiras poesias. A partir do final da década de 90, escreve com freqüência, ao reduzir suas atividades na indústria. Nesse período também começou a pintar, e participa de exposições. Por três anos escreveu no MIP – Mov. Internacional Poetrix. É colaborador da arScientia (SP), site especializado em artes e divulgação científica. Escreve no Recanto das Letras. Dentre diversos cursos de aprimoramento, cursou Português, Inglês e Espanhol, preparando-se para o exercício de cargos executivos. Foi aluno de Pintura e de História das Artes no MAM - Museu de Arte Moderna de Salvador. Em 2006 prefaciou um livro de poesias em Salvador, e autorizou uma editora de Curitiba/PR a publicar poesias, biografia e fotos de doze pinturas suas em livro didático para a rede nacional de ensino, ambos no prelo. Seu e-book "Poesia Brusca" encontra-se em: http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=288816

Contatos: marcobastos2001@yahoo.com.br
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           Haicai num. 11 e 12

Imemorial

Brumas do tempo

     

           Amor a esmo

Era a vida

Matinal sincopado

 

Imemorial.

Abro a porta
Para uns sonhos
Buliçosos, sonambúlicos,
Das retortas e dos alambiques
Ubíquos e ocos.
Sonhos dos dias foscos,
De sóis leucócitos,
Alvura cálcica dos ossos,
Restos de algas cáusticas
Que serpenteiam
Nas águas gélidas, ribonucleicas,
Dos abismais fossos da alma.

Que importa!
(Se abissais, fantasmagóricos,
Se imemorial e atávica lembrança,
Do primeiro homem nu
Sobre a primeva Terra , toda sua)
São apenas sonhos de outrora,
Da noite antiga e calma, chegando
Nos relâmpagos que saem dos dedos.
Como os pirilampos que reluzem
E são pedaços de almas
Que se despedaçaram no espaço,
São sonhos baços, esses medos!

Marco Bastos
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Marco Bastos

 
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