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Direitos
autorais ganham sistema de controle Web
André Machado
Guarde bem estas três letrinhas: DRM - Digital
Rights Management, ou Gerenciamento de Direitos Digitais. Depois
do barulho todo que o Napster e o DeCSS fizeram, embaralhando o
meio-de-campo dos direitos autorais, estão surgindo soluções
para assegurar o copyright e policiar as transações
de e-commerce. E está chegando ao Brasil uma das invenções
de ponta dessa área: o ContentGuard (em inglês, "guardião
de conteúdo"), uma solução de software
criada pela Xerox em seu laboratório PARC, em Palo Alto.
Segundo o gerente de marketing do produto, Ricardo Karbage, a novidade
(administrada pela empresa homônima ContentGuard, uma parceria
entre Xerox e Microsoft) vai inicialmente controlar de perto a utilização
do conteúdo de e-books e documentos distribuídos ou
vendidos via Web:
- A solução trabalha em conjunto
com lojas virtuais e sites de comércio de conteúdo
- diz. - Ao entrar num site que use o ContentGuard, o internauta
abre uma conta e, quando compra um livro ou documento (em PDF, por
exemplo), o programa mexe no arquivo e coloca nele um algoritmo
de criptografia e outros dados. É como se fosse um PDF "turbinado".
Assim, quando o usuário baixa o conteúdo, só
pode fazer as operações que comprou. Por exemplo,
se comprou só para visualizar, não vai conseguir imprimir.
É possível configurar o sistema dessa forma.
Em outras palavras, no futuro será possível
ter preços diferenciados na aquisição de conteúdo:
o internauta pode pagar um valor para a visualização,
outro para a impressão, etc. E o ContentGuard controla também
o envio de conteúdo por e-mail:
- Digamos que eu acabei de comprar um e-book (para
tudo: visualizar, imprimir, etc.), mas comprei para mim, não
para distribuição - diz Ricardo. - Se tento mandar
por e-mail para alguém, ele não vai conseguir ver
o documento. Recebe
apenas um link para o site da ContentGuard apontando para esse conteúdo
e para uma possível compra.
Por enquanto, o sistema trabalha apenas com textos,
inclusive em intranets. Mas, baseado na linguagem XrML (eXtensible
rights Markup Language), aberta a várias soluções,
poderá ter aplicações futuras em arquivos de
áudio, vídeo
e muitos outros.
Enviado por Eliane Malpighi |
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