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Desejo

Deixa, doce amada, que me embale em seu sopro.
É o sonho apaixonado que persigo sem parar:
você sempre comigo e eu sempre a repousar
em seu corpo.
Deixa, doce amada, que me desfaça em luz.
Toma um chope gelado, me mostra aquele gingado,
descongela um congelado e o teu sorriso dourado
que me seduz...
Deixa, doce amada, que uma nova chama,
que me chama, tire da minha cara,
essa cara de morto.
Levanta a saia, bota um salto,
alto,
me mostra o joelho,
o seu corpo...
Põe pra baixo o decote,
nem me  vem de saiote,
que eu não sou ferro velho.
Deixa, doce amada, esse amor superlativo,
que entre nós é relativo,
ficar assim, sem mais nem menos,
mais pra mais do que pra menos.
Deixa, doce amada, esse amor que alucina,
sair pela janela,
subir morro acima,
dar a volta por cima,
eu já nem penso mais nela...
fetiche  que me conduz...
E aquele uísque, onde é mesmo que eu pus?


 


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