Nasci...
grávida de sonhos e poesias
ávida de quereres
faminta de horizontes...
Mas permaneci estagnada no branco vazio
e nulo de meus caminhos tortos...
Em meus corredores sem ecos...
soluço ainda por sonhos
mas sempre aborto a vida
e estanco o sangue fervendo entre dedos frios
que buscam por infinitos próximos,
azuis...acesos...
No nascer do nada
o grito que ecoa
nao desfaz os nós...
mas agita a vida, infinita, que
nunca termina logo ali...
e me busca no ventre,
na gestação interrompida,
que clama por meu eu mais profundo
Mas mesmo assim...
meus vôos ainda não ultrapassam a minha janela...