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sem ele
realidade que tangenciava
as beiradas dos meus sonhos
acendendo a pupila dos meus olhos
vergados sob o som
de todas as palavras
que nunca mais silenciarão
mesmo depois
da despedida que não existiu
mas continua acontecendo
a vigilância arrogante dos medos
paralisam
mais que gestos e sons
desassossegam a coragem
enlutam o coração
que carcomido

fecha os olhos e se encolhe
na desconjunção exausta
do que não é compreensível
simplesmente
porque existe
e ainda dói
muito


 


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