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O Vôo

Lulu escorregou e caiu:
se esborrachou,
zuniu pelo espaço
além; por auri-verdes
campos; procelas,
arminhos, doninhas,
giocondas amadas;
sumiu até a bolha
estratosférica,
brilhante, quimérica;
podia viver e respirar,
mas não ousar
dali sair.
Sons, músicas esféricas,
imortais, ouvia.
Também via sua dona,
ousadia...
Sim, era o seu paraíso,
conquistado
e merecido.


 


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