A EscravaSussurros pingando um a um em seu ouvido
iam lhe adormecendo
sentindo os braços dela
e ainda assim, entrava no sono, sonhando:
bebericava saboroso vinho
ela, sua escrava, o servia
bela como agora...
o bobo divertia a corte
espalhada por uma mesa sem fim
uvas, doces, faisões...
dançarinas fluíam no salão
a espada, descansada,
a música, ondulava entre as conversas,
gargalhadas, olhares, piscares...
ele sorria para a dama, do seu lado,
com cabeleira crespa e loura
dentes brilhantes em boca ampla
olhos redondos, grandes, fundos...
seios apertados, saltados,
ancas completas, soberbas,
descobertas pelo seu olhar...
e a sua escrava voltava
a lhe servir, com suas pernas morenas
e rápidas, sabores orientais especiais
que deglutia com sabedoria...
imperceptivelmente, acordando,
sentiu que ela, a escrava,
ali estava sobre ele, agora, esposa,
cumprindo os seus deveres,
servindo-o com prazeres
mais carnais, em doses tão doces
e apetitosas quanto no sonho...