o que vai se esparramar?da tua voz
um silêncio melodiando
este amar que embriagou minha alma
desalinhando
um coração quase parado
amor-tecido
pela ausência
atalho do teu bem querer
e não há tempos calmos
pra este amor
porque chove
e eu
gemendo pesados devaneios
com a nuca arrepiada
sob tua boca
vou
conhecendo os mais antigos continentes
que me molham
na ponta da tua língua