O atentadoDei três tiros
Num poema de amor.
O primeiro pegou de raspão,
O segundo acertou de jeito,
O terceiro perfurou o peito.
O infeliz sangrou,
Balançou,
Derramou orquídeas no chão,
Mas não morreu.
Poema de amor
É como o próprio amor:
Nunca se deixa matar,
Nunca completamente.