página diária dos participantes da nossa lista de discussão
literária
existe um tempo
que o relógio não pode marcar
por onde correm
as estações do não esquecimento
que morde o pensamento
incontornável
barulhando rumores e gemidos
em brasas
farfalhando carnes e suores
me embebendo noite e perfume
no corpo que te escuta e deseja
num silêncio que não dorme
enquanto passos nus
rangem e marcam cada madrugada
onde eu
pernas trêmulas e mãos caídas
evaporo
neste agudo estado de amor
sem poder te molhar
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