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Toda Tua

Vejo em teu corpo faminto
tua boca salivando o desejo,
de sugar com a língua,
todo meu cheiro.
Tua alma indaga à minha,
— Como se sente a presa
que tal a ovelha, pressente,
será pelo lobo engolida?
Meu coração não te engana
com respostas furtivas,
antes, te pede que enxergues
no vai-e-vem do meu peito,
dois frutos maduros
esperando teus beijos.
Em minha pele,
mais do que pêlos,
escorre o suor do desejo.
E, em meus olhos,
mais do que medo,
incrustam-se as luas do amor.
Sou toda tua meu bem,
a nossa hora chegou.

                                               Mariza Lourenço


 


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