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da saudade...

Há sempre alguma saudade escondida em meus armários,
embrulhada em roupas envelhecidas pela dor invisível de um não sei o quê...
Passeia pelo quarto minguante de todas minhas luas,
   imutável,
o transparente,
   se insinua...
Impossível brilho de olhares nunca dantes cruzados...
   toque não dado,
beijo não roubado
e há ainda saudades de desejos guardados em baús azulados,
de luzes brilhantes ,
sou viajante...
Em meus porões internos,
camuflados  desejos
   e muitas vezes bebidos em cálices dos mais puros licores e vinhos,
   em algum tempo perdido,
sem fim,
   em dimensões tão presentes,
  em adegas de mim...
Doce maldade,
   borbulhas inteira em meus poros,
se incendeia,
me chantageia
 e novamente se faz...
       em curvas incandescentes da mais pura saudade...

Cida Sousa

 


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