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cont. do diálogo poético do papiro eletrônico nº 78

marc,

vampiresco bebo o sangue.
canibalesco como a carne,
toda vez que vou à missa.

Urhacy Faustino, in papiro eletrônico nª 78



 

A esse vampuhra dou a taça
e escondo a cruz...

Marc Fortuna


marc,

bebo riso e o sangue nesta taça —
ritual trágico também há que ter requinte e graça.
faço leve este meu caminhao, esta minha cruz,
porque carregá-la é o que me conduz

urha

                                                Urhacy Faustino, in papiro eletrônico nª 78
 


 

Urha,

Aquele que te carrega
é o anjo-fog que te seduz
e te induz
a ser nosso doce vampiro — que vem e se entrega.

                                                Marc Fortuna
 


 

marc,

o anjo tornou-se parte —
é mais que fog, é arte.
o vampiro dá-me viço e  cor:
o vermelho-sangue e o licor.
unidos somos densos e leves —
três vidas menos breves.

urha

                                                Urhacy Faustino
 


 

Dono do fog, senhor dos anjos
empresta-me tuas asas
e deixe-me voar pelas ruas nebulosas de Londres.
Porque sem as asas de teu anjo
e o fog deste lugar
voarei errado — voarei para longe

marc

                                                Marc Fortuna
 


 

  não me apraz emprestar-te o anjo:
  porque o fog não foge, apenas voa
  pra tocar sua úusica, seu banjo.

urha

                                                Urhacy Faustino


 

Foi-se o anjo,
ficou o fog.
Já não fazem mais Londres como antigamente.

marc

                                                Marc Fortuna
 


 

pássaro-noite de asas delgadas,
liberte todas as criaturas aladas.

urha
 


 

És dono da noite
Senhor da Lua
Pirilampo acordado...
Doce vampiro de lábios marcados
de sangue do mais puro melado

marc

                                               Marc Fortuna


 

servo e senhor do escuro —
amigo de morcegos e corujas.
tenho dentes afiados,  mas nao fujas,
porque não deixo marcas, nenhum furo.

urha

                                                Urhacy Faustino
 


 

Não me tentes! Meus afiados dentes
marcas deixam, sim:
no coração.

maju (vampiresca)

                                                Maju Costa
 


maju querida,

minhas mordidas não marcam:
enfeitam!

beijos,
urha

                                                Urhacy Faustino


AMETISTAS

Pelo decote ostento o teu chupão
a combinar com a cor do meu colar...

                                                Leila Míccolis


 


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