© ilustração: Mariza Lourenço
Papiro 100. Quantas vezes nos falta a palavra? Quantas vezes ela fica presa, sem som, sem corpo, brincando de esconde-esconde conosco? Quantas vezes ela parece ter silenciado, tranformado um poeta em ex-(tinto?), deixando-nos a sensação de fogo morto, fim de festa? Ah, sim, muitas! Mas a palavra do outro, numa lista como a nossa, pode ser, e é, o mote, o desafio, a inspiração - ou piração - mostrando que ela está ali mesmo, aqui, a nossa volta, dentro de nós, apenas aguardando o momento, o solo fértil para se expressar. O Papiro reflete isso. Mais que nunca, produções coletivas a cada número revelam os frutos desta bendita troca de energia entre nós, tão diferentes talvez, mas tão amigos e tão necessitados todos da Palavra! A voz de cada um, a voz de todos... Certamente, nossa Poeta maior disso sabia ao criar o Papiro. Ave, Leila! Ave, Papiro!
Beijos a todos
Maju Costa