Um aceno em revoada
No azul frisa o vento em plissê as nuvens.
Certeza do frio que chega.Aos bandos os estorninhos voam, revoam,
animados "flashes" em que o sol brilha,
num vai e vir, sobe e desce, que se alarga e se contrai
nesse balé de despedida tchaikovskiano,
numa reverência cordial e grata ao tempo de guarida.Cinco mil milhas em revoadas é o percurso.
Caminham ao encontro doutros prados onde as árvores
florescem e amadurecem os frutos d'agora.Dura a luta, mas coesos caminham em bandos!
A morada aqui agora está fria, despida de aconchego.
Voltam quando o ciclo recomeça.Marlene Andrade Martins