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Sonhando à porta de coisa alguma V

Um cavaleiro
em armadura de prata
que se deixou mentir
um príncipe
de pele dourada
que não soube amar
um escudeiro
de olhos profundos
que se perdeu em medo
e continuo à porta
de coisa alguma.
Do outro lado
nada me espera
com olhos ávidos
com desejo de mim.
E sonho.
Sou Estrela
apontando caminhos
bússola imemorial
além do tempo.
E há quem pergunte
o porque de mim...
Mas se não sonho
diga-me
com o que alimento
os que não sabem sonhar?

                                                       Dalva Agne Lynch


 


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