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As pedras do meu caminho

Deitado sobre as pedras do caminho
reflito sobre o dom de ser sozinho.
Encontro meu passado amarrotado,
descubro meu presente sem pecado,
escrevo meu futuro em pergaminho.

Quisera fosse eu um ser demente
iludido à mercê de minha mente.
Mas sou poeta, sangue vermelho
de tinta que mancha o espelho
e reflete um ser carente.

Oh, poesia! Por que escrevestes minha jornada
se sou poeta e dono de sua palavra?

                                                                                Marc Fortuna


 


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