Brasil, brasa ardente e pasma,
descoberta adormecida
em berço de ouro, onde
o próprio futuro fervia.
Posso ver a bola de fogo
vomitada de teu bojo:
era a riqueza
entranhada no teu solo.
Por isto foste sangrada,
pátria querida e sagrada,
mãe- criança prostituída!
Agora, agora...es maior...
Es grande e de dupla face:
uma grita para o mar,
olhando o Atlântico azul,
a outra para as terras que serpenteiam
pela América, desde o sul,
e terminam em aguados ais
no Amazonas ameaçado.
Terra grande e complacente
foi fecundada e transmutada
por tantos partos- partes partida!
Mas, minha pátria querida,
teu dom sempre foi
o de seres compadecida!
Clélia Romano
Enviado por: Eliane Malpighi