O meu Brasil, ainda menino,
guarda muitas esperanças
no olhar.
Ainda que ande cabisbaixo
e sem estímulo,
confia no futuro dos que
estão por chegar..
Este coração
por vezes guerreiro
e outras revoltado e impotente,
sente transpirar dos poros
um suor diferente,
salgado e irreverente,
formado pelo desejoso vingar.
Chegar a gente crescida
com raça e valentia,
sair pelas ruas aclamando
e lutando pela vida,
sabendo nela estar.
O meu Brasil pequeno não
nega as velhas raízes,
sabe que delas vieram riquezas,
natureza,
o berço de madeira, o
estilingue.
Batendo forte o peito e sempre
em marcha reta,
podem bloquear suas posses,
mas não lhe retirarão
veias e marcas
que o fazem querer sangrar.
Este vermelho e misturado sangue,
jorrando em doação a
cada canto da terra,
desta pátria, deste ninho,
entre céus, mar e ar.
De mãos dadas a Mãe Gentil.
Este meu destemido menino Brasil,
almeja viver
... e viverá!.
Andréa Abdala