João Felinto NetoCARAVELAS
O dia nublado,
auréola dista.
Um sol retocado,
vermelho em pranto.
No cruel tratado
de Tordesilhas,
das Terras alheias,
tornei-me dono.
Após ter singrado
mares bravios,
em naus, caravelas,
um nome santo.
Denominado enfim,
Brasil.
Povo gentil
de cores e cantos.
A MESMA HISTÓRIA
Sob um casebre taciturno,
uma criança chora;
a sua mãe não foi embora,
é tristemente fome.
Não interessa o seu nome,
pois o que importa
é a razão porque não come.
Talvez você não saiba agora
que a culpa é nossa
ou simplesmente se esconde.
Mas, pesa mais do que escombros
sobre nossos ombros,
essa repetitiva história.