PAMPULHA
Em margens esquecidas
abrigas a loucura
dos homensSaudade dos tempos novos,
água limpa
banhando os pés dos meninos.Em margens esquecida
abrigas a loucura
dos passantes passeantes.Corre a capivara da
ilha dos Amores,
agora desamadosSe esconde a cobra cega
da roda ligeiraVoam a garça, os patos
para longe da cloaca,
do sub-mundo da natureza.Pampula,
para onde vai tua água suja?
Vera Casa NovaDo livro: Horizontes de passagem (Col. Poesia Orbital, vol. 61), Rona Editora, Belo Horizonte/MG, 1997