CIDADES BRASILEIRAS

DUNAS DE CABO FRIO

                                            Areia
distribuindo-se    (conforme
o vento)    em femininas curvas
intermináveis.      Nestas dunas
a mulher volta a ser sereia
a paisagem submersa dorme
as águas nunca foram turvas
Altas da terra no céu colunas
esfareladas    Vento   Montes
(iluminados  de  tão  brancos
por luz interior)   de sal
O azul afasta os horizontes
mas fica   (preso pelos bancos
de areia)   o mar no litoral

               Octavio Mora

Do livro: "Pulso horário", Orfeu, 1968, RJ

« Volta