À CIDADE DE CASTRO
Em minha juventude de internato
Ai, Castro, este soneto que faço hoje
é todo teu. Pois levo a alma saudosa
da minha juventude cor-de-rosa
que adormeceu sonha ndo em teu ragaço...Agora, que as recordações repasso,
ai! vejo-te, pacata e silenciosa,
beijada pelo rio, luminosa,
e os vidros dos meus óculos embaço.
Ai, Castro dos sorvetes do Pascoal,
das casas de aparência meio rota,
da velha e veneranda catedral,das missas onde, ungido em minha fé,
flertava, de soslaio, uma garota
interna do Colégio São José!...
Eno Teodoro Wanke
Do livro: " O acendedor de sonetos", Ed. Codpoe, 1991, RJ