CIDADES BRASILEIRAS
SONETO DE DIAMANTINA
Quero beber
da água cristalina
Que corre pelas veredas verdes
De minha Minas
Quero o alumbre
De pedras diamantinas
Quebrando dos cascalhos esbarrancados
A rotina
Quero da carne seca
Do feijão tropeiro
Em caldeirão de ferro
Quero revirar da grupiara
O brilho tenso dos olhos
Dos solitários bateeiros.
Heli Maia
Do livro: Cromos, Editora Vitória, 1990, MG