CIDADES BRASILEIRAS

SONETO TODO AZUL EM JABOATÃO

Abro meu guarda-chuva na Avenida
Rio Branco. Não chove, quero apenas,
Passar devagarinho pela vida
Com minha roupa azul, sem causar pena.

A minha poesia indefinida
Ficará só. Não ofendi ninguém.
Nela deixo Minh ‘alma repartida
Com os amigos que me querem bem.

Gediael, Alberto, Zé Luiz!
Não esqueçam seu velho camarada
Quando a Noite vier, eu não a quis!

Mas não precisam ficar tristes, não.
Hei de vir acender a madrugada
Nas ruazinhas de Jaboatão.

                                      Jacy Bezerra

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