DOS RECIFES SOMBRIOS
Os silêncios partidos das vidraças
lembram os rios que carpem o Amado morto
ó pescador de pérolas tào claras
cintilações acesas no teu dorsooriental de afogado e estrela Rara
formosura a dos traços do teu rosto
refletido nas águas cor de prata
dos recifes sombrios lá do portodissolvido nas dunas dessas praias
nas ásperas marés de sal e lodo
baronesas e lírios e douradaságuas-vivas em vórtices e pousos
impossíveis nas acendidas águas
onde imerso tu jazes em repousoTerêza Tenório
Do livro: "Cadernos de Poesia", Série Geração 65 nº 6, Secr. de Cultª do Gov. do Estado de PE e FUNDARPE, 1996, PE