POSTAL
À flor da água
Recife
Pasárgada
Penhasco
Feérica espera
Vereda-marAi, Recife!
Quem-Me-Quer à flor da pele
enxuga meus prantos.
Do livro: Canto Mestizo, Blocos, 1999, RJMargens
I
A poesia tem gosto de sal
e me faz chorar
pelas ruas de Recife
de Espinhara e Ascenso
de Alberto Cunha Melo
de Mauro Mota e Bandeira
II
...está inscrita a inquietude.
E tão logo amanhece
me embriago da poesia que exala das pontes
do cheiro de terra que fura o asfalto
das ruas do Recife
onde passam maracutus
e cresce a saudade do poeta França.