TRISTE RIO DE JANEIROTriste Rio de Janeiro! Ó quão dessemelhante
Estás e estou de nossa longínqua beleza!
Desolada te vejo a ti, tu a mim mergulhada em tamanha frieza.
Alegre já te vi eu já, tu a mim radiante.A ti trocou-te a indústria facínora
Daqueles que jamais te foram honrados
A mim foi me amedrontando, e tens amedrontado
Com a escuridão abismal de tua desumana aurora.Insistes em prostituir tuas riquezas
Pelas drogas inúteis, que cegamente
Consomes para afugentardes das tristezas.Oh quisera Deus que de repente
Os medíocres que te guiam, indecentes,
Desfaleçam como vermes jogados no lixão.Bianka Barbosa Penha