Viver em Bagdad | Vivir en Bagdad |
É transpor a escuridão do olhar Para o negrume de todos os dias É espreitar pelo quadriculado das burcas as fotografias do tirano em todos os lugares expostas É afabar com areias nuas Os sonhos de avançar, sufocar as mulheres indefesas É carregar até ao fim do mundo As cadeias de ouro negro escondidas É tremer esperando o horror nas casas ameçadas. |
Es transponer la oscuridad de la mirada hacia lo negro cotidiano Es acechar por la urdimbre de las burcas la fotografía del tirano expuesta siempre Es asfixiar con arenas desnudas los sueños de progreso que sofocan a las mujeres indefensas Es cargar hasta el final de todo las cadenas escondidas del oro negro. Es temer, en las casas condenadas, el esperado horror. |
Maria Petronilho
(Versão para o espanhol: Alberto Peyrano)