Pelo dia do amigo
Meu amigo,
que é de ti?
cadê o riso
ou choro ou grito
e nem me escreves mais
Meu amigo,
onde a tua voz?
meu ombro é teu
bem sabes disso
então vem cá
e despeje os ais
me diz do mundo
maldiz a vida
mostre a ferida
enquanto é cedo
e ela não cresça mais
apareça
nunca esqueça
meu coração tem um cantinho
que é tua morada
meu amigo
eu te peço
me diz de ti
o que é mais fundo
pois em nosso eu
há caminhos tão profundos
que te vejo correr o risco
de voltar jamais
Asta Vonzodas