Borboleta I
em câmara lenta
suas asas sedutor compasso
bem hajam borboletas...
sois poesia... inocência..
restos de silêncio
em versos
reticências inaugurais...
Borboleta II
No bailado ameno
Espalhando sol matinal
ela analfabeta faz verso
sem piegas paixão
No sereno recolhe asas
talento que desconhece o tecer
dos fios de despedidas em caligrafia
desfila alheia
nem prosa, nem descrente
ela simplesmente é Poesia!
Virgínia Fulber