Poema da Biblioteca
Sou cheia de cavidades, conteúdos, somas
Tábuas paralelas, segurando sonhos
Sou alta, larga, profunda – com glórias
Carrego das vidas, todas as histórias
Sou aquela que registra a própria civilização
Sou mais importante do que o pão
Sou forte, plena cortejada e vaidosa
Sou cheia de luz, em verso e prosa
Tenho brilho por ter romance de alguém
Sou altamente cultural também
Sou a que guarda os tesouros da terra
O Reino das palavras, na Paz e na guerra
Sou a que só se desfaz por acidente
Por incêndio — ou demente
Tenho páginas de rostos no meu Ser
Em belo acervo de aventura e prazer
Sou a que é certa por linhas certas
O mundo mágico dos Poetas
Sou a maravilhosa biblioteca
Reino da fantasia para mentes abertas.
Silas Corrêa Leite