A Paineira
Eu que cresci menino
Debaixo de sua sombra
A misturar meus risos
As folhas despidas pelo chão.A me esquivar das gotas
Que carregavam as flores
O brilho carmim de seus hibiscos
A enfeitar a rua de alegria.Eu que cresci menino
A me alegrar com as cores
Com a falsa neve que fazias
Esbranquiçadas painas me fugiam.Eu que escorregava
Sob suas flores úmidas
Amanheci sem riso
Amanheci tristonho.Ao ver-te transpassada
Exterminada diante de meus sonhos
Amanheci adulto
Sem seu florir, sem suas painas.Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha/Dimythryus