CASCATA

não, já não é não, bonita
como nos antigos sonhos
ela, a flor dos sonhos, fita
luares frios... tristonhos.

olhos baços vêem o céu
de prata sem serenata
nas estrelas, sem tropél
de luz,  cobrindo a mata.

ela que já não reluz
o choro que não desata
silentes cristais de luz.

cascata outrora prata
triste luz, leito de nata                   
— fiz de ti — meu rio de pus!

                              Marco Bastos

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