Em memória de Nilton Alves
(ao saber do falecimento de Nilton)
Por que te apressaste
Em deixar-nos entregues
À emoção da saudade?
Amava a vida, sempre,
Com muita ternura.
Por que desertaste,
(Tão cedo!...)
Deste território humano?
A tua fuga foi em vão
Ligado que permaneces
Ao nosso afeto
E aos ecos e imagens
De tua poesia.
Poeta amigo,
Nossos braços
Tão longos
Insistem em abraçar-te
Mesmo a tão longa distância...
Que tua partida
Te aproxime
Mais e mais
Da beleza ideal
Que perseguias
Com a ênfase
Da tua poesia!
Antônio Lázaro de Almeida Prado
São Paulo, 19 de outubro de 2007