A GALOPE NA POESIA...

Tento avançar no tempo
que corre apressado nas paisagens da vida
sem espaço para marcar passos
escolher universos...

disparo letras corridas, escorridas na poesia
momentos, instantes que os olhos guardaram
a alma agarrou, navegou, amou.

Galopo o mais que posso
mesmo chorando, sofrendo, tropeçando
no embrião da vida, no tempo não paro, avanço.

         Subidas e descidas, tantas conheço
         e na vertigem do correr muitas vezes me canso
virando dias e noites
vivendo, sentindo a vida
tentando tornar meu mundo bem grande
o dia de ontem, hoje um pouco maior
a procura do meu horizonte
do começo, do fim nas asas dos meus versos
ecos ainda vivos dos meus pensamentos.

                                                   Maria Thereza Neves

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