É NATAL (*)

u queria escrever aquele poema
Que começa e não tem fim
Aquele onde eu era feliz contigo
Em que você acreditava em mim
E no qual eu acreditava também
Lembra daquele sorriso?
Lembra de como tudo era perfeito
A árvore, os enfeites, as bolas,
A neve imaginária

E o silêncio da noite escura
A me envolver em suaves carícias,
E o brilho das luzes daquela árvore

Lembra dos seus olhos,
Luzindo feito diamantes,
Lembra do fogo?
Pulsando paixões errantes...

Lembra da lua?
Ah, tua alma nua!
Nada mais belo, nada mais eterno
Nada mais etéreo que a paixão

Busca infinita pela luz da vida
Cadê você, cadê seus olhos
Que eu não encontro?

E árvore continuava lá brilhando
Era como se a luz de Deus quisesse entrar
Mas, a falta de amor não a deixasse passar

É Natal, luzes, estrelas, amores,
Vidas novas, sonhos lindos a nos mostrar
A força da vida, da família, da vida.
Onde queremos chegar?

(*) Para a família, aquela que nunca deveria morrer.

                                               Argento

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