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DO PÚBLICO LEITOR Lançamos um concurso para premiar as três melhores opiniões de leitores sobre este volume, e eis a segunda ganhadora, que receberá três livros da Blocos. O que mais me impressionou neste quinto volume foi a originalidade das idéias. Bem além das associações que estamos acostumados a ler sobre o tema (estrelas, lua, solidão, sexo, etc.), esses dezessete poetas surpreenderam-me, cada qual de um modo diferente, me fizeram refletir bastante, e a reflexão me parece ser uma do elementos principais da poesia brasileira atual. Uma Antologia, portanto, que leva o público não apenas a elogiar os autores e parar por aí; ela conduz o leitor também a exercitar seu lado crítico, instigando-o a pensar por conta própria. Ronaldo Garcia Júnior (Esteio/RS)
uma das acepções – remotas e já perdidas no tempo – da palavra antologia (do grego anthologia) é “tratado acerca das flores”, segundo o dicionário do Aurélio. E percebo, através da imagem do jarro de flores, que nem este elemento passou desapercebido. O bom-gosto sutil de cada detalhe, e o extremo cuidado com os poetas e com o lay-out me cativaram, por serem outras leituras possíveis dentro da leitura dos textos. Depois de reler diversas vezes este quinto volume da Saciedade Digital, sinto-o como um espaço-ânfora, armazenando/preservando para a posteridade o que há de melhor na poesia brasileira de hoje.
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é difícil dizer o que gostei mais neste volume, acho que a princípio destaco a harmonia do conjunto, deve ser um trabalho realmente grande de escolha e organização do material – como consta do prefácio -, porque, aqui, não existe aquele desnível tão característico da quase totalidade das antologias com várias dúzias e centenas de poetas; embora alguns autores me toquem mais do que outros, é incrível como todos têm um tipo de poesia que faz com que a gente reflita sobre um ângulo diferente do tema proposto. No entanto, confesso que há algo de que gostei ainda mais: depois que acabei de ler os dezessete autores, eu, que não sou poeta, escrevi um pequeno poema sobre o tema. Sinto que não cabe colocá-lo aqui, citei-o apenas porque creio ser este o meu maior e melhor elogio à obra: a imperiosa vontade de escrever em um gênero que nunca ousei, instigando minha criatividade poética que nunca aflorou, e que foi despertada por estes belos Noturnos, cujo brilho dos poetas repercutiu em mim de forma tão profundamente intensa. Lídia Ramalho de Barros, Alcântara/PI |
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