SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 13

Cícero Melo

CÍCERO MELO - Cícero Melo do Nascimento nasceu em União dos Palmares/Alagoas em 1952. Radicado no Recife desde 1980. Participou ativamente da vida cultural do Recife na década de 80 quando da existência do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco (MEIPE). Grande conhecedor de literatura contribuiu na década de 1980 para formar uma fortuna crítica sobre a produção poética dos seus contemporâneos. Seus poemas encontram-se publicados em diversos jornais e blogs do Brasil e exterior, principalmente na França.  As versões virtuais dos seus dois primeiros livros podem ser acessadas no site <http://www.interpoetica.com>. Publicações: O verbo sitiado – Edições Bagaço, 1986; Poemas da escuridão – Edições Bagaço, 2001, contendo os livros: Os Deuses Inacabados; As Tavernas; Os Azuis e as Febres; e Poemas do Covil (com Inaldo Cavalcanti); O Poema da danação – Edições Bagaço, 2006. Coletâneas: Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco 1980/1988 (organizada por Francisco Espinhara) – Edição do Autor, 2000;  Pernambuco, terra da poesia (organizada por Antônio Campos e Cláudia Cordeiro) – IMC/Escrituras, 2005.
Blogs:
http://ciceromelo.blogspot.com
http://geracao80.nafoto.net
http://ciceromelo.zip.net
Contatos: poeta.ciceromelo@gmail.com

Página individual de poesia em Blocos Online


           Eclipse

Psiquê

V Taverna além

     

           O Golem

A terceira pele

A motivação rosa

 

A TERCEIRA PELE

Procuro a carne da palavra adusta,
Aquela que insorvida se consome,
Aquela cujo selo cai à fronte
Das palavras irmãs e se incrusta
Nas pedras da razão, no verbo nômade,
No dedilhar de febres e de angústias,
No delírio senil da sombra rústica,
Longa noite de sal e medo insone.
Procuro a carne da palavra augusta,
Aquela que se eleve e se prolongue
Em mistério sutil, sedosa e onde
Repouse mar, celebração e bússola.
Procuro a carne da palavra morta
Que se aviva, me bate e me conforta.

Cícero Melo
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Cícero Melo

 
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