No metrô de mim
existem
estações de silêncio e
portas de liberdade.
Negruras de travessias
e sorrisos madrigais
entre tristuras de néon.
Ancestralidade
de afetos fechados
no ritual (quotidiano comezinho)
de pôr a mesa
chamar para o café
ou
na boca que se fecha
sobre o biscoito
recém saído do forno.
No cerimonial inusitado
do beijo que se esquece
sobre
as pálpebras do morto.