Velha saudade de quem procura a Casa Remota
A Casa Remota na rua vazia das fadas Virgens!
Levo no coração, a descrença do vazio das vidas,
De uma Casa Remota, de uma casa distante e vazia,
De uma Casa Remota nas horas festivas e felizes...
Minha irmã, leva em teu olhar, a tua alma para
Longe, para muito longe, para Tão longe...
Leva nos teus ouvidos a voz do Pássaro Breve...
As velhas cantigas
Que fechavam os teus olhos para a noite!...
Minha irmã, por onde perderam-se as tuas tranças,
As tuas longas tranças escuras e muito distante?
— Acaso, levaram-nas, há muito as aves de Deus?
Do livro: “Canto de Perda e de Procura”, Edições
O cruzeiro, 1965, RJ
Envio: Vânia Moreira Diniz