Uma caboca faceira
Esqueletou meu
juizo
Pousou sem nenhum
aviso
No corpo nu
da paixão.
Uma fofinha
malvada
Uma fofura morena
Uma almofada
de pena
De sobre-cu
de pavão.
Meu tangedor
de viver
Ganhou um trote
seguro
Escutando com
apuro
A fala dessa
mulher
Nem escura nem
acesa
Água
quebrada a frieza
Na fonte do
bem-me-quer.
Contorniei as
fronteiras
Do corpo da
caboquinha
Que nem a fada
madrinha
Com varinha
de condão
Que mesmo dizendo
NÃO
Só parecia
que sim
Pois NÃO
de amor é assim
Se engana com
o coração.
Porque o NÃO
do amor
Tem sentido
diferente
Um NÃO
bem forte diz: NÃO!
Depois um NÃO
displicente
Traz dez NÃOZINHOS
manhosos
Pra bem juntinho
da gente.
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