Súbito, ergueu-se, rindo,
sobre a roseira-anã.
Pairou no ar, tão espontâneo e leve
quanto as cerdas finíssimas dos frutos
do dente-de-leão ao sol abertos.
Andava, quieto, acima do regato,
sem previsão, sem medo, sem jactância.
Ninguém fazia o mesmo e, se tentasse,
caía sobre espinhos. Ou voltava
com seu úmido peso, abalo e susto.
Do livro: "Augusto", Massao Ohno Editor, 1999, SP