5. Sou aquela que cantou
com flauta rústica a vida
natural (já lá vão anos)
e agora vê demolida
a sua antiga morada,
os jardins suspensos sobre
uma vida malograda,
o pomar (de frutas podres).
Um barco no cais parado
da nossa falta de arbítrio
são varandas estendidas
como lençóis ao ar livre.
A nossa falta de tudo
sobre a fingida alegria,
como quadros pendurados,
na casa toda vazia.