É mais louco talvez quem mais estuda!
Dizer que a luz se extingue e tudo alaga,
Que aquillo que morre, não morre, muda...
Morre e não morre, apaga e não apaga!...
A vaga treme, expira, e é sempre vaga!
A morte vive em cada cousa muda;
A dor que morre, qual! Não morre, e ajuda
A dor que canta no seu ninho — a chaga.
Alma feita de luctas e procelas
Na espumarada vã das cousas mansas
Rolam motas milhòes de cousas belas,
Boiam milhões de mortas esperanças;
E, tu, minh'alma, morta em cima delas,
Morta... vives ainda, e não descansas!...