De noite
Traduzo formosa estrofe
De uma poesia alemã,
E o meu filhinho mais novo,
De lábios cor de romã,
Soletra a palavra — ovo —
Com voz pausada e louçã.
E a estrofe ingrata e custosa
Eu abandono por fim,
E vou beijar as bochechas
De meu belo querubim.
— Do destino não tem queixas
Quem tem um filhinho assim!
Ele interrompe a leitura,
Comigo vem se abraçar,
E a mãe e o filho vadio
Ficam a rir e a cantar!
A tradução perde o fio...
Oh! alegrias do lar!
Do Livro "Sombras" (1890-1906), Typographia Brazil, Rothschild&Co.,
1906, SP.
Enviado por: Leninha
«
Voltar