O poeta atravessa o espelho...
Ele fora atraído pela princesa,
No bar, frente ao qual outro poeta (amante da princesa)
Fora atropelado... e morrera.
O poeta, seduzido pela princesa, entra em seu carro
Em que ela conduz o corpo do outro poeta.
No castelo, ele observa, assombrado,
Quando a princesa ressuscita o outro poeta
Para o outro mundo
E o conduz através do espelho!
Ele a segue...
E se depara com um outro mundo...
Estranho... com outras dimensões...
E um vento que não para de soprar...
Ele tem que morrer e renascer...
Para se tornar um autêntico poeta.
Ele se apaixona pela princesa
Que já está apaixonada por ele...
Mas... a princesa é a Morte!
Ela é julgada (pelos juízes do outro mundo)
Por ter se esquecido do seu dever!
Por haver se apaixonado pelo poeta!
Voltando ao mundo, o poeta escuta
Pelo rádio do seu carro a poesia pura
Que vem da fonte perene da poesia...
Ele é morto pelos que o acusam
Da morte do outro poeta!
Ele é levado pelo guia,
Através do espelho, ao outro mundo...
Onde poderá viver com a princesa
Em plena poesia!
Mas a princesa se vê forçada
A devolvê-lo ao seu mundo
E a responder pela sua falha!
Ele retorna...
Sentindo em seu coração a pungente dor
Da nostalgia pela perda irreparável,
Que lhe servirá sempre de inspiração
Em seu inconsciente... em seus sonhos...