teu verso fere fundo a honra dos poetas
que se dedicam a cantar noites e manhãs
como sóis e luas, claro e escuridão e o teu
poema é um cão sem caráter, um trem
arrogante e espúrio, é dúbio e vazio, é
um
bacio de coisas putrefatas, é a nata purulenta
viciada em gozar compulsório nas reuniões
do partido onte te disseram um dia poder
pensar que és algo que valesse a pena talvez
ante a imensa falta de perspectivas ante a tua
própria falta. O que tens? A América por ti?
A loucura da métrica? Um mandato da história?
O sabor tropical do vazio? Calma, só não sou
mesmo teu vassalo, e daí? Negócios, Negócios.