REFLEXÕES DE UM SOL (SOLITÁRIO)
TENHO DUAS LUAS,
DUAS LUAS ME TÊM.
UMA NOVA VAZIA,
OUTRA VELHA CHEIA.
TENHO DUAS LUAS,
DUAS LUAS ME TÊM.
UMA CRESCENTE, AMANTE.
OUTRA MURMURANTE, MINGUANTE.
MEU BRILHO FOGE DAS LUAS,
TEMENDO URANO E GAIA.
NO CREPÚSCULO PRAZEROZO,
ENVOLVIDO PELO AMOR DOLOROSO.
DA FOICE DE CRONOS, VIU NO DESTINO
A ABERRAÇÃO GIGANTESCA.
TAMBÉM DA CARNE QUE EJACULAVA,
O DESPERTAR DA MAIS BELA DAS DEUSAS.
AS ESTRELAS, IRMÃS DE BRILHO,
FALAM-ME SOBRE AS LUAS DISTANTES.
SEUS AMORES CONSTANTES,
E ESPERANÇAS SOMBRIAS.
RESPONDO QUE IMPOSSÍVEL SERÁ
A FIRMAÇÃO DA NOITE COM O DIA.
O AMOR ASSIM VIVERÁ,
NA MINHA FORMA ÍMPAR.
ASSIM VIVO A LEMBRANÇA
DE TER DUAS LUAS.
PLATONICAMENTE SENTIDAS,
IRONICAMENTE VIVIDAS.
Leonardo André dos Santos
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