Scismo. A vida parece-me um deserto
Sem termo e luz:
Onde descança o peregrino incerto
— Que leva sobre os hombros uma cruz!
Quem sabe, quando chega finalmente
Às plagas bonançosas
A pequenina vela transparente
— Que se perde nas ondas furiosas?
Meu coração è como o viajante
Pungido de tristeza,
Nos caminhos da vida cruciante
Carrega o negro lenho da incerteza.
Minh’alma como a vela branca e fria
No azul da immensidade
Vai sosinha e perdida noite e dia
Boiando à flor dos mares da saudade.